Copa Satélite

Conheça a Copa Satélite de futebol de base, vitrine para novos talentos do DF

4.Fev.2022  |  Fonte: DF Sports+  |  Matéria: Braian Bernardo

Criada em 2020, a Copa Satélite de futebol de base vem sendo uma espécie de “vitrine” para os jovens atletas do Distrito Federal. A competição, que teve a sua terceira edição realizada na última semana, traz, em média, 20 observadores de empresas e clubes brasileiros, como Flamengo, Palmeiras, Fluminense e Athletico Paranaense, para avaliar as jogadoras e os jogadores candangos.

Idealizado pelo educador físico e ex-professor de futebol Paulo Henrique, o campeonato é voltado para jovens de 10 a 17 anos. Na última edição, realizada entre 24 e 30 de janeiro deste ano, participaram 68 times de futebol, de várias regiões do DF e Entorno.

Segundo Paulo, promover maior visibilidade aos atletas candangos foi a sua principal motivação para organizar a competição. Conforme explica ele, um dos objetivos da copa é fazer com que representantes de clubes nacionais desembarquem na capital federal para conhecer os jovens talentos que brilham em Brasília.

 

Celeiro de talentos

De acordo com o educador físico, em todas as edições da Copa Satélite, cada avaliador de clube que acompanha os torneios seleciona pelo menos um jogador para realizar testes nas categorias de base de times profissionais do Brasil. Só na primeira edição, em 2020, Paulo afirma que mais de 35 jogadores foram avaliados.

“Brasília é um ‘celeiro’ [de talentos]. Todos os clubes que vêm aqui não ficam sem levar jogadores. Brasília é uma potência”, destacou o ex-professor de futebol, que chegou a trabalhar por 12 anos como olheiro do Centro de Futebol Zico (CFZ).

Uma das joias reveladas no campeonato é o meio-campista Vinicius Lago, de 16 anos, que disputou a segunda edição da competição pelo Madureira, e foi convidado por um observador para integrar as categorias de base do Atlético Goianiense.

“A Copa Satélite abriu portas para mim, me deu a oportunidade de fazer um teste no Atlético GO e com isso consegui ser aprovado. Acho que a copa tem a importância de abrir muitas portas para os atletas que não estão em clube ou até mesmo sem empresário”, ressaltou o jogador, que já assinou contrato profissional com o Dragão.

Vinicius Lago em ação pelo Atlético Goianiense – Foto: Acervo pessoal

Inovação digital

Como forma de otimizar a relação entre clubes, olheiros, técnicos, atletas e responsáveis, os participantes da copa contam com a plataforma digital LinkSports, um tipo de “rede social” dos futebolistas. Por meio dela, cada pessoa envolvida no futebol tem uma ferramenta exclusiva para mostrar o seu trabalho, com objetivo de atrair investidores e patrocinadores.

Além da ferramenta de interação, a competição também utiliza o aplicativo Copa Fácil, disponível na Play Store. Nele, ao pesquisar por “Copa Satélite”, é possível conferir informações sobre os jogos, tabela do campeonato, artilharia e defesa menos vazada.

 

Falta de incentivos governamentais

Por outro lado, apesar dos esforços para fortalecer a garotada do Distrito Federal, Paulo Henrique relata carência de maiores incentivos do Governo do Distrito Federal (GDF), que fornece apenas as medalhas de campeão e vice para a competição. Mesmo perto de ter apoio parlamentar para a próxima edição, o educador físico cobra participação mais efetiva do poder público no futebol de base.

“A Copa Satélite, hoje, acredito que virou uma tradição. Seria bom a gente poder realizar [a competição] em estádios para dar mais segurança aos garotos, sabe? Nos dias dos jogos, ter uma viatura ou um bombeiro passando por ali por perto”, sugeriu o educador físico.

Conforme Paulo revelou ao DF+, a projeção é “implantar” a Copa Satélite em outros estados brasileiros, para promovê-la ao nível nacional. Segundo o ex-professor de futebol, ainda em 2022 devem ser realizadas mais três edições do campeonato. Sendo mais uma no primeiro semestre do ano, em Brasília, e outras duas no próximo semestre, em Jaraguá e Trindade, em Goiás.

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